Alguém sempre a fazia rir e depois chorar, igualmente nessa ordem. Uma vez, depois outra! E ela sempre dava um jeitinho de dar a volta por cima e sorrir de novo. Acho que lá pela oitava vez ela já considerava estranho que alguém entrasse e saísse da sua vida com tanta destreza. Acho que pela oitava vez foi quando ela se deitou na cama e chorou, Gritou, até esperniou como uma criança perdida da mãe no meio do mundo!
Talvez ela tenha ficado horas deitada, limpando a alma com as lágrimas... Talvez dias.
As lágrimas já nem escorriam mais! Era o choro mais seco que eu havia visto.
Sessaram-se as lágrimas, a lamentação,e até o esperneio deu sua trégua!
Quando alguém olha nos olhos estatalados dela, com aquelas pupilas super dilatadas, com o medo nos lábios. Não se vê muita esperança naqueles olhos. Não pelas perdas... Quais perdas?
Uma mulher tão esperta sabia que nem havia dado tempo de possuir para que pudesse se perder!
Talvez, e isso é só a minha opnião, o choro e o esperneio não foram pelas perdas. Era pelo constragimento e a vergonha de achar que daquela ve poderia ter sido diferente!